... Pegou suas malas e partiu. Partiu em busca de alguém para abraçar. Ela sente falta ainda do mundo onde vivia antigamente, talvez não seja exatamente do mundo, mas das pessoas que habitavam esse mundo. A garotinha sempre foi a enfermeirinha da vovó, a companheirinha da vovó. A vovó sempre foi o motivo da sua vida. A garotinha foi crescendo e sempre foi o mais feliz possível. Quando a garotinha já havia crescido (não o suficiente para suportar a dor da perda), lhe falaram que a vovó não estaria mais aqui. Nesse momento seu mundo desabou, ela chorava e não se conformava. Como? Porque? Não! Não pode ser! Ela nunca havia pensado na possibilidade disso acontecer... mas aconteceu. Talvez aqueles sonhos que ela andava tendo todos os dias a um tempo atrás fossem um "aviso", mas ela não deu bola, não acreditava que fosse se tornar real. Agora ela estava ali observando e esperando que sua vovó voltasse a abrir os olhos. Não queria sair dali nem por um segundo, queria observá-la. Passaram-se as horas e a vovó foi enterrada! A garotinha não queria acreditar. E até hoje ela vive na esperança de isso não ter acontecido, apesar de 865 dias terem se passado ela ainda acredita que vai encontrar sua vovó. Ela ainda pede todas as noites para o Papai do Céu que a leve com a sua vovó. Ela continua acreditando que isso vai acontecer um dia. E enquanto isso não acontece ela pega suas malas e sai em busca de um abraço que a conforme de algum modo. A única coisa que ela quer é um abraço sincero, mas isso está se tornando cada dia mais difícil. :/
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